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INFERTILIDADE

 

O que é?


De acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (American Society for Reproductive Medicine – ASRM), a infertilidade é a incapacidade de obtenção de gestação após um ano de tentativas, sem uso de nenhum método anticoncepcional.

 

Atualmente, estima-se que a infertilidade atinja 10% a 20% dos casais em idade reprodutiva, independentemente de suas origens étnicas ou sociais. Em aproximadamente 30% dos casos, a infertilidade é causada apenas por fatores masculinos, enquanto que em 20% têm causas masculinas e femininas combinadas. Portanto, a avaliação e o tratamento do homem assumem uma importância crucial na condução de um casal infértil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que aproximadamente 80 milhões de pessoas ao redor do mundo apresentem o problema.

 

Causas


A idade do casal, duração da infertilidade, história prévia de gravidez, métodos contraceptivos utilizados no passado, bem como a frequência e o período do ciclo menstrual em que o paciente vem mantendo relações sexuais devem ser investigados.

Os pacientes devem manter intercurso sexual a cada dois dias no período ovulatório e peri-ovulatório, para garantir a presença de espermatozoides móveis nas tubas uterinas durante a passagem do ovócito.

Entre as doenças que podem causar infertilidade no homem, estão:

  • Varicocele, dilatação anormal das veias dentro da bolsa escrotal, é a causa mais comum

  • Criptorquidia unilateral ou bilateral, ou seja, a falta do testículo dentro da bolsa escrotal

  • Torção testicular, que pode resultar em isquemia do testículo afetado e afetar a produção de espermatozoides

  • História prévia de trauma testicular

  • Infecções do trato genital masculino, tais como prostatite e epididimite, pois podem levar à obstrução do trato reprodutivo e subsequente infertilidade

  • Orquite (inflamação no testículo) pós-caxumba. O acometimento testicular ocorre em 40 – 70% dos casos de caxumba pós-puberal

  • Pacientes com câncer testicular que foram tratados com quimioterapia, radioterapia, cirurgia retroperitoneal, ou uma combinação destas técnicas. Após o tratamento, pode demorar até 5 anos para que o paciente volte a apresentar espermatozoides no seu ejaculado

  • Febre, viremia ou bacteremia podem causar uma disfunção testicular temporária

  • O tempo em que o paciente atingiu a puberdade, já que a puberdade precoce pode indicar a presença de uma síndrome adreno-genital, enquanto a puberdade atrasada pode indicar um hipogonadismo ou Síndrome de Klinefelter

  • História familiar de diabetes mellitus, uma vez que a diabete pode levar à ejaculação retrógrada ou à ausência da emissão seminal

  • Cirurgias vesicais, pélvicas, retroperitoneais e transuretrais

  • Alterações genética

Fatores de risco

  • Tabagismo

  • Alcoolismo

  • Uso de drogas, como maconha, cocaína, heroína, crack e haxixe

  • Estilo de vida

  • Poluição ambiental

  • Condições sistêmicas, como diabetes e câncer e seus tratamentos, também podem prejudicar a produção de espermatozoides pelo testículo

  • Exposição ocupacional a gonodotoxinas, um tipo de pesticida

  • Exposição ao cádmio, chumbo e manganês

  • Trabalhadores expostos ao calor intenso

  • Uso frequente de saunas e banheiras com água quente.

 

Diagnóstico

A presença de infertilidade masculina é frequentemente definida pela existência de alterações nos parâmetros seminais, no entanto, o valor do achado de parâmetros seminais normais como diagnóstico de fertilidade masculina está muito longe de ser considerado aceitável. Sendo assim, a necessidade de testes diagnósticos com boa sensibilidade, acurácia e que sejam facilmente padronizados tem estimulado a busca de critérios bioquímicos, por meio dos quais a qualidade do ejaculado humano poderá ser melhor avaliada.

Apesar de o espermograma ser o exame disponível mais utilizado na prática clínica, os parâmetros seminais avaliados possuem limitações relacionadas à etiologia da disfunção espermática assim como na determinação da sua capacidade de fertilização.

São necessárias duas amostras com intervalo entre 15 a 30 dias. O exame avalia o volume de sêmen, o número, a concentração, a movimentação (motilidade) e a forma (morfologia) dos espermatozoides e também se há algum tipo de inflamação, o que será diagnosticado pela presença de leucócitos.

 

Também podem ser solicitados o exame de doppler dos testículos e a dosagem dos hormônios: testosterona total, FSH, LH e prolactina.

 

Tratamento


A correção da causa da infertilidade deve possibilitar o retorno da fertilidade do casal e a gravidez espontânea, desde que seja possível o diagnóstico e o tratamento. O principal objetivo é identificar causas específicas direcionando o tratamento da infertilidade masculina.

 

Apesar disso, aproximadamente 25% das causas de infertilidade masculina são chamadas de idiopáticas, e não possuem tratamento específico.

Levantada a causa, é possível indicar o melhor tratamento.

 

Entre as técnicas de reprodução assistida existem:

  • Inseminação artificial, quando são injetados espermatozoides na cavidade uterina após estímulo ovulatório

  • Fertilização in vitro, quando se colocam espermatozoides em contato com o oócito feminino e espera-se a fecundação para transferi-lo para o útero

  • ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide), quando se introduz o espermatozoide no interior do óvulo e, uma vez fertilizado, transfere-se para o interior da cavidade uterina.

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