HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA - HPB
A hiperplasia prostática é um aumento benigno (não é um câncer) do tamanho da próstata que acomete cerca de 25% dos homens na 4ª década de vida, sendo que entre 70 e 80 anos, essa taxa chega a 80%. Normalmente do tamanho de uma noz, a glândula pode chegar a ficar tão grande quanto uma laranja. O crescimento da próstata pode comprimir a uretra, diminuindo o seu calibre e dificultando ou impedindo a passagem da urina. A urina estagnada, por sua vez, favorece o aparecimento de infecções e de pedras na bexiga.
Dr Bruno, o que leva ao aumento da próstata?
O principal mecanismo estudado para o crescimento da próstata, envolve uma alteração do metabolismo da Testosterona que leva a uma maior produção de Dihidrotestosterona, um metabólito que nos receptores da próstata leva ao seu crescimento.
E quais os sintomas apresentados por um paciente que tem hiperplasia?
Os principais sintomas envolvem a capacidade do aparelho urinário em armazenar e esvaziar:
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Jato urinário fraco e intermitente (com interrupções)
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Esforço para urinar
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Dificuldade ou demora em iniciar a micção
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Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
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Aumento da freqüência urinária
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Necessidade de acordar várias vezes à noite para urinar
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Presença de sangue na urina
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Dor e sensação de queimação no ato de urinar
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Necessidade urgente de urinar
E qual o volume normal de uma próstata?
A principal função da próstata é produzir a maior parte do fluido que transporta o esperma durante o ato sexual. Na fase adulta, ela tem o tamanho de uma castanha (de 15 a 20 gramas).
O volume em si é um dos fatores que levam aos sintomas urinários, de modo que existem pacientes com volumes grandes de próstata que nem sempre apresentam tantos sintomas relacionados a isso.
Existe relação entre Hiperplasia Prostática Benigna e Câncer de Próstata?
Essa talvez seja uma das principais perguntas relacionadas ao tema. A hiperplasia não é e não leva ao câncer de próstata. Quando o urologista faz a avaliação da próstata, ele avalia alterações que o façam suspeitar de presença de câncer de próstata e também estima o volume da próstata correlacionando com os sintomas miccionais, ou seja, urinários do paciente. Dessa forma, quando o urologista diz no toque retal que a próstata está inchada, aumentada, ele está se referindo a Hiperplasia e não a alterações relacionadas a câncer.
Como é realizado o diagnóstico da Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)?
O diagnóstico da Hiperplasia envolve:
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Avaliação dos sintomas pelas queixas e com questionários como o IPSS (International Prostate Symptom Score)
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Exame físico geral e urológico, incluindo Toque Retal com estimativa do volume prostático
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Exames de sangue: uréia e creatinina que permitem avaliar a função renal; PSA (antígeno prostático específico) para facilitar a avaliação de possíveis tumores de próstata e urina tipo I para avaliar a presença de sangue ou infecção urinária.
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Exames de imagem como a ultra-sonografia, que permite avaliar a forma e a densidade da próstata, bem como a presença de resíduo elevado de urina na bexiga, após a micção.
E quais os tratamentos disponíveis para os pacientes com o aumento benigno da próstata?
O tratamento da HPB tem dois objetivos principais: o alívio das manifestações clínicas do paciente e a correção das complicações relacionadas ao crescimento prostático. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico e a opção por um destes levará em consideração as condições clínicas do paciente, tamanho da próstata, danos causados ao aparelho urinário, gravidade dos sintomas, presença de complicações relacionadas à HPB e a preferência do indivíduo. Indivíduos com sintomas leves, sem alterações significativas de qualidade de vida e sem complicações podem ser observados, com acompanhamento regular. Já para aqueles com sintomas moderados ou severos está indicado o tratamento medicamentoso. Alguns indivíduos com sintomas graves e/ou complicações da HPB (retenção urinária persistente e refratária ao tratamento clínico, infecções urinárias freqüentes, dilatação do sistema urinário, sangramento urinário persistente e associação de cálculos ou divertículos na bexiga) são candidatos ao tratamento cirúrgico.
Atualmente, existem algumas opções cirúrgicas para HPB, sendo que atualmente, temos a possibilidade de realizar a ressecção de todo a parte crescida e que obstrui o canal urinário com o uso de um laser (Holmium Laser - HOLEP). A cirurgia é feita por via uretral, com a passagem de endoscópio pelo interior do pênis, sem necessidade de incisões, configurando-se como cirurgia endoscópica de mínima invasão. Por se tratar de um procedimento minimamente invasivo e menos traumático que a cirurgia aberta, a Enucleação Prostática com Holmium Laser, também conhecida como HOLEP, propicia menor tempo de hospitalização e recuperação do paciente com maior brevidade. Saiba mais no Link abaixo.
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