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INFECÇÃO URINÁRIA

As infecções urinárias são quadro em que bactérias atingem o aparelho urinário, mais comumente na mulher, provocando sintomas irritativos relacionados ao ato de urinar, que podem ser graves. Podemos dividir as infecções urinárias em duas patologias distintas: a Cistite e Pielonefrite.

 

A Cistite é a inflamações da bexiga. Ela ocorre quando bactérias que habitam a região perineal (ao redor do ânus), como a Escherichia coli, chegam à bexiga e se multiplicam. Como durante o ato sexual há um movimento constante de fricção entre os órgãos genitais, aumentam-se as chances de essas bactérias serem transportadas da região perineal para o canal da uretra, podendo assim chegar à bexiga. Ou seja, quanto mais relações sexuais, maiores as chances desse tipo de infecção. Por isso surgiram as expressões "cistite de lua de mel" e "síndrome do namorado novo". As mulheres tem maior incidência de Cistite, sendo o fato de terem o canal o "xixi" (uretra) mais curta um fator contribuidor.

Além do ato sexual, a cistite também costuma ocorrer em consequência dos seguintes comportamentos:

  • Segurar a urina por muito tempo, pois a urina torna-se mais concentrada, criando assim um ambiente propício para a multiplicação de bactérias.

  • Beber pouco líquido, pois isso diminui a micção, que ajuda a lavar a bexiga e eliminar as bactérias.

  • Falta de higiene adequada, pois aumenta a presença de bactérias na região perineal (mais comum em crianças e idosos).

Já a Pielonefrite é uma condições em que a infecção atinge o rim, levando a um quadro mais grave, que por vezes envolve febre, prostração, astenia, associado a dores lombares e queda do estado geral.

Drº Bruno,quais os principais sintomas de um paciente que apresenta Cistite?

Sabemos que os principais sintomas relacionados a Cistite são:

  • Ardência para urinar

  • Urgência para urinar associado a dificuldade de segurar a urina

  • Vontade de urinar mesmo estando com a bexiga vazia

  • Presença de sangue na urina

E o que leva uma paciente a ter Cistite?​

Cerca de 80 a 85% das infecções urinárias são causadas pela bactéria Escherichia coli (E. Coli). O mais comum é a contaminação retrógrada, ou seja, alguma batéria sobe pelo canal da uretra e invade a parede da bexiga provocando uma infecção local.

A atividade sexual está fortemente relacionada ao surgimento de ITU. Mulheres que informaram relacionamento sexual no último mês possuem seis vezes mais chance de desenvolver as infecções. Mulheres jovens que utilizam agentes espermicidas apresentam cinco vezes mais chances de ter cistite. Contudo, é importante ressaltar que raramente é o parceiro que transmite a ITU. A maior parte dos germes são bactérias de origem intestinais que sobem pelo canal da uretra para provocar a infecção.

Outros fatores de risco associados são Diabetes mellitus, presença de cistocele (“bexiga caída”), retenção de urina ou incontinência urinária e a menopausa.

Ao apresentar esses sintomas, como deverá ser realizado o tratamento da infecção?​

O principal aspecto no tratamento e na prevenção da cistite de repetição é administrar o antibiótico no momento certo e pelo tempo apropriado. Exames poderão ser realizados como a Urocultura e o Ultrassom de Rins e Vias Urinárias, no sentido de avaliar tratamentos e condições que podem estar associadas como a infecção urinária como casos de Cálculos Renais, alterações anatômicas e funcionais do trato urinário.

Algumas estratégias específicas podem ser adotadas para evitar novos episódios em pacientes com recorrências frequentes, como a profilaxia que consiste em manter um antibiótico em dose menor e por tempo prolongado (6 meses a 1 ano). Pode-se também utilizar o suco ou cápsula da fruta Cranberry (embora os estudos não sejam unânimes em demonstrar sua eficácia).

A imunoterapia ou “vacina” também pode ser uma opção a ser considerada (cápsulas de lisado bacteriano de E. coli administradas via oral).

O urologista é o médico mais indicado para avaliar de maneira global a paciente com cistite de repetição e prescrever o tratamento mais apropriado.

Contudo, algumas medidas comportamentais devem ser instituídas:

  • Evitar ficar longos períodos sem urinar

  • Tomar líquidos em quantidades apropriadas (especialmente em dias quentes)

  • Combater a constipação intestinal (“intestino preso”)

  • Melhorar a imunidade (por meio de exercícios físicos, boa alimentação, não se estressar)

  • Em caso de corrimentos, procurar o ginecologista para tratar o mais rápido possível

  • Controlar a diabetes (no caso de pessoas com a doença);

  • Urinar a cada 3 horas;

  • Ter cuidados com a higiene pessoal (mantendo sempre limpas as regiões da vagina e do ânus);

  • Evitar roupas íntimas muito justas ou que retenham calor e umidade (pois estas facilitam a proliferação das bactérias);

  • Trocar os absorventes ou as fraldas (no caso das mulheres mais velhas) com frequência para evitar a proliferação bacteriana.

Nesse sentido, se você apresentar sintomas relacionados a parte urinária, se já vem tendo episódios recorrentes procure nosso atendimento aqui em Bauru para uma avaliação com Urologista especialista no tratamento e em evitar episódios futuros.

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